sábado, 11 de agosto de 2012

EUA: Romney e o elogio ao Obamacare



Apareceu na TV norte-americana um anúncio televisivo da autoria de um grupo de apoio à recandidatura de Barack Obama. Neste spot publicitário, um homem, Joe Soptic, acusa Romney de ser responsável pelo fecho da fábrica onde trabalhava, o que culminou na morte da sua mulher após perda do seguro de saúde.

O cerne deste anúncio não está, nem deveria estar, na culpabilização de Romney. O candidato republicano estava há muito afastado da empresa de Joe Soptic quando esta fechou. Devemos focar-nos sim noutra questão: o sistema de seguros americano. Os habitantes dos EUA vivem num contexto em que, caso percam ou não tenham emprego, perdem também o direito a um sistema de saúde digno. O caso da mulher de Soptic é o mais recente mas, ainda há uns tempos, surgiu a história de um sem-abrigo que assaltou uma loja com o propósito de ir preso. Estranho? Nem por isso. O homem tinha cancro e na prisão iria ter acesso a cuidados de saúdes gratuitos.

Por isso, e com o horror que os republicanos têm a serviços de saúde que abranjam uma maior parte da população, fico surpreendido com a reacção de uma porta-voz de Romney fez notar que se Soptic vivesse no Massachussets iria ter acesso ao serviço nacional de saúde introduzido por…Romney. Mas é isto que o republicano quer para o país? Não. Os ataques ao Obamacare são recorrentes. A confusão nas hostes republicanas está lançada.

Por fim sabemos que os republicanos anseiam por aumentar (ainda mais) o orçamento em defesa. Ou seja, e sendo duro, não importa que os americanos estejam mal servidos em termos de saúde. Desde que tenham uma arma, tudo está bem. Como diz a segunda emenda, uma milícia armada é essencial à liberdade do país. Não importa que este esteja pejado de enfermos.

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