segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Economia: Austeridade, Crescimento ou o "Não pagámos"?




Antes de mais, deixem-me colocar-vos a questão de forma simplificada antes de me alongar neste meu post. Estamos, neste momento, a correr contra a matemática. Estamos a correr contra a matemática há longos anos. A sustentabilidade de um Estado, como sabemos, tem as pernas relativamente curtas. As nossas são mais curtas que a maioria. Por isso chegamos onde chegamos.


Face a isto, e tendo em conta a sustentabilidade das contas públicas, há diferentes caminhos que podemos seguir. Traçando um paralelo, faz lembrar aqueles filmes, onde o personagem tem três portas por onde escolher. O segredo aqui é que a austeridade se esconde atrás de cada uma delas.

Ora vejamos.

A primeira porta é a do Governo. Essa toda sabemos qual é, até porque a estamos a atravessar. Uma corrida para cumprir o défice que, apesar de estar a surtir efeitos, asfixia as famílias e empresas a nível fiscal.

Há uma segunda porta, mais propalada pelo Partido Socialista que ressalva de forma nebulosa e enigmática, o paradigma do crescimento económico. Ora, todos queremos crescer claro. Mas, além de ser bastante difícil crescer com os níveis de endividamento que temos, é preciso saber quanto precisamos de crescer para cumprir o défice (e claro evitar o escalar da dívida). Bem, aponta-se para números da ordem  dos 50%. Coisa que nem um Messias conseguiria tirar da cartola. Assim sendo, restará aos defensores do enigmático crescimento optar pela austeridade.

Finalmente, há aqueles que optariam pela renegociação da dívida. Medida que é austeridade em si. Basta ver onde está investida a dívida pública. Dois exemplos. Sistema bancário e fundo de pensões. Renegando-a teríamos bancos para salvar (e nacionalizar, claro) com os custos que lhe estariam inerentes. Algumas poupanças de portugueses também iriam à vida. Repito, austeridade.

Posto isto, faz-se a eterna pergunta. Querem aumentar os impostos ou cortar na despesa? Preferem optar pelo crescimento (50% não esquecer). Ou preferem renegar a dívida (e com isso talvez assustar investidores)? Está nas nossas mãos.

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